afe!
Enquanto não rola um estudo retrospectivo maneiro, aqui vão minhas primeiras impressões.
Enquanto não rola um estudo retrospectivo maneiro, aqui vão minhas primeiras impressões.
- por mais que pareça andar de ré, tenha um porting para o sistema do desenvolvedor, onde a compilação não é cruzada;
- não exija frameworks xUnit e faça bilhões de programecos se necessário;
- guarde no coração que não é preciso reflection nem mesmo shared objects para aplicar dependency injection;
- não despreze a tediosa tarefa de testar parte a parte, pequena parte a pequena parte;
- não tenha escrúpulos para satisfazer dependências aleatórias com stubs.
A maior revelação para mim nesse processo foram os pontos 2, 3 e 5 acima.
Após um longo tempo digerindo o problema, e após diversas discussões sobre que framework de testes usar, por fim completei a tarefa da forma mais tosca possível: cada teste é um programa executável individual. O projeto usa cmake para configurar a construção, e o ctest funciona legal com essa lista de programas de teste.
O maior esforço nesse processo foi refatorar o código o suficiente para conseguir testar uma unidade isolada realmente. A dificuldade percebida pela equipe desde o início era devido ao acoplamento entre as diversas unidades teóricas do sistema, e a quantidade de código de inicialização de coisas irrelevantes ao teste. Eventualmente tropecei na idéia de dependency injection. Apesar de ser algo que ocorre em super frameworks de componentes empresariais, o conceito é simples e se mostrou aplicável mesmo em um sistema ligado estaticamente, desde que as unidades fossem desacopladas o suficiente uma da outra. No nosso caso, isso se dá na forma de um Factory central para todo o sistema, pré-existente ao meu esforço.
Claro que esse desacoplamento "suficiente" é um graal e nunca ocorre, especialmente em um ambiente tão confortável quanto o da ligação estática -- onde tudo se junta no final numa grande sopa de elementos. Ocorreu que algumas funções que eram parte da unidade mas não eram exercitadas faziam referência a algum nome que acabava indefinido no programa final -- função ou variável extern. Eventualmente realizei que isso simplesmente não tem solução prática e aceitei a seguinte possibilidade: se uma unidade não compila sem uma função de outra unidade, e a função é irrelevante para o teste, vamos enfiar um stub na jogada e ponto final. De certa forma, isso pode ser considerado um Mock do mundo pré-componentização.
Acaba que, por fim, se não lindamente xUnit, meu objeto de manutenção agora possui uma suite de testes de unidade. Entre os vinte e trinta testes bem básicos que eu bolei pra começar, já descobri umas cinco funções implementadas diferente do que o meu projeto previa. O cmake suporta bem a lista de testes e gera um relatoriozinho bem legal.
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